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luccas Salgado

EM OUTRA DIREÇÃO

Atualizado: 4 de set. de 2019

Jovens tiram cada vez menos habilitação


Em 2014 a Uber começou as operações aqui no Brasil, primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, e após muitas polemicas, suspensões e um clima de guerra com os taxis, a Uber se consolidou no Brasil e conquistou uma base de usuários sólida.

Recentemente o Metrô inaugurou a expansão da linha lilás e as primeiras estações do monotrilho, somando assim, 96km de extensão em todo sistema, transportando 4,5 milhões de passageiros todos os dias, além de ser desde 2010 reconhecido como o melhor sistema de transporte sobre trilhos da américa latina, isso tudo sem contar os 273km de extensão da CPTM que integra algumas cidades da religião metropolitana com a grande São Paulo.


Com a locomoção pela cidade mais fácil do que era a 20 ou 30 anos atrás a nova geração, apresenta uma nova tendência, os jovens não estão mais tão interessados em tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) antes um símbolo de independência. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) revelou que a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para jovens de 18 a 21 anos caiu 20,61%. Para entender um pouco melhor esse fenômeno, convidamos Guilhermo Petzhold e Francisco Pasqual, especialistas em mobilidade urbana da WRI Brasil para comentar.


“Os automóveis ocupam cerca de 70% do espaço viário, embora só transportem 30%das pessoas. Pesquisas recentes indicam que a maioria da população está disposta a deixar seu automóvel em casa caso exista uma opção mais prática. ” Eles comentam ainda que não é possível ter certeza do impacto de aplicativos como Uber e 99 na mobilidade urbana de grandes centros e que apesar de estudos já terem começado, seu impacto não está certo, pode ser positivo ou negativo.


“Os usuários ganham uma opção pratica, acessível e segura; há uma diminuição da necessidade de vagas de estacionamento e da posse de veículos – a longo prazo as pessoas podem deixar de comprar veículos próprios. Mas os aplicativos causam a migração de usuários de transporte coletivo ou ativo (caminhada e bicicleta), fazendo com que mais viagens de carro sejam feitas, aumentando o nível de

congestionamentos. ” E alertam também que a diminuição de usuários de transporte público acarreta no aumento da tarifa.



Foto: Internet

Flávio Santos, 27 anos, trabalha como analista de qualidade e vê o transito em São Paulo como intransitável, e considera os transportes por linha férrea uma melhor opção, mesmo em horário de pico. Flávio diz gastar cerca de 450 reais por mês com transporte, somando aplicativos, ônibus, metrô e trem, mesmo assim diz não ter interesse em tirar a carta por se assustar com os altos valores e a burocracia.

Os valores também incomodam Vitor Bispo, 20 anos, Técnico de TI. “Tirar a carta agora só traria mais dívida, manutenção, assaltos, enchentes, é mais barato e menos estressante ir de Uber para os lugares. ” Disse Vitor que gasta em média 250 reais com transporte por mês.


“Uma cidade que se dedique a perseguir o conceito 3c – ou seja, priorize um crescimento urbano Compacto (altas densidades e pouca dispersão), que possua uma infraestrutura Conectada (que conecte diferentes centros), e que tenha uma gestão Coordenada (onde a valorização da terra é revertida para melhorias à coletividade) – tem maior possibilidade de fazer com que pessoas abram mão do automóvel. ” Os especialistas concluem que “a geração Millenial, que é uma das que mais utiliza esses aplicativos, não sente mais a necessidade de adquirir veículos como as gerações anteriores. ”

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