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Foto do escritorGabriel Ferreira

UM BAFANA NO BRASIL

Os sonhos de Panashe


Panashe King Joe, mais conhecido como Panashe é um sul africano bom de conversa e de bem com a vida, sempre sorridente e expressando uma grande confiança em si mesmo, o que talvez explique as corriqueiras aventuras amorosas que ele contou no dia da entrevista, mas ele não se diz mulherengo, apenas um cara livre, as vezes ele só esquece de avisar as garotas que querem algo mais sério, algumas se revoltam, mas até isso Panashe conta com humor. Essa confiança vem de uma vida cheia de experiências diferentes e desafios, apesar de sua cidadania Panashe nasceu no Zimbábue terra de sua mãe, que conheceu seu pai sul africano lá, mas aos sete anos a família se mudou para a África do Sul.


No auge de seus 21 anos Panashe conta que sua infância foi diferente, porque a partir dos sete anos começou a morar com outros parentes, pois seus pais viajavam, mandavam dinheiro para pagar as coisas e a sua escola,e ele ficou acostumado a viajar para vários lugares. Fez viagens para muitoscontinentes e daí surgiu o interesse de fazer o intercâmbio para o Brasil.


“Surgiu essa oportunidade do intercâmbio e eu achei uma boa chance para crescer, um desafio ir para um país que você não conhece a língua, que nunca aprendi. ”

Para ele o desconhecido nunca foi problema:



“Minha atitude é diferente, até pela minha infância, eu gosto de desafios, quero sempre crescer.”Ele diz sorrindo

Panashe veio para o Brasil pelo Rotary, uma organização que faz intercâmbios, e ficou no bairro da Vila Iara em São Paulo. Teve que voltar em 2016 para sua terra natal, porém em 2018 retornou para o Brasil, dessa vez com a ajuda de seu tutor aqui que lhe deu abrigo em 2015. Desde então, ele diz que vê a família nas férias da faculdade, além de ligar para seus pais todo dia.



Ele conta que antes de viajar fez pesquisas sobre o Brasil, suas culturas, costumes e que sua primeira impressão era de que teria muitas festas em todos os lugares, mas depois viu que era um estereótipo. Observando o país, ele aponta como características principais a cultura, a língua e a receptividade que não tem igual. Outra coisa que ele relata é que hoje gosta muito do Brasil apesar de saber que existem problemas e que a maioria dos brasileiros reclamam da política.


“Qualquer país tem seus defeitos, não existe país que não tem problemas como corrupção, achei um ambiente muito legal, não existe país melhor que o outro cada lugar é diferente do outro e isso que faz um mundo legal essas diferenças. ”


Panashe também faz uma correlação com seu país, vê várias diferenças na cultura, na comida, no número de habitantes e estados, já que o Brasil é bem maior, porém de parecido ele vê a mistura de povos que andam pelas ruas, brancos, negros, pardos e que isso na África do Sul também é comum.


Hoje ele cursa sua segunda faculdade. Ele fez direito na África do Sul e aqui faz Sistemas de Informação, além de trabalhar dando aulas de inglês para funcionários do hotel de seu tutor ou como ele carinhosamente chama seu “outro pai”.



“Muita gente dizque sou convencido, porque eu sonho muito alto, penso coisas grandes, estou no caminho certo, mas é só o começo, tenho muito mais países para visitar, muito mais pessoas para conhecer. Depois da faculdade e dessas experiências, quero ir para África do Sul e entrar na política, a minha visão de um político é diferente da maioria, muitas pessoas entram pelo dinheiro, pela fama, eu gostaria de entrar para ajudar, o que falta na política é o amor, se eles tivessem jamais estaria assim, não dormiriam sabendo que tem alguém dormindo em um barraco ou na rua, amor é algo que tenho por todos, do mesmo jeito que amo e respeito minha mãe é assim com uma pessoa que não conheço e está passando na rua, se Deus quiser quero entrar na política, se não der certo faço outras coisas, pois eu consigo, tudo é possível, nada para mim é impossível”.

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